PESSOAS MAIS DO QUE ESPECIAIS...

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27 de dez. de 2011

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HO...    HO...   HO...
TÔH.. BÔH... NÔH...

HO...     HO...    HO...!   
TÔH... BÔH... NÔH... ... e isso já era previsível (pelo menos para mim).
Dias atrás já estava de olho no calendário e andava angustiado.
Constatei que o Day After seria um Bad Day, pois cairia num Moon Day.
Claro... se Natal foi no domingo, então...
Mas perdoe esse infeliz por não escrever na nossa língua tupiniquim, mas faço disto um subterfúgio para suavizar a desgraça.
E que Papai Noel também me perdoe porque, igual a ele, eu tô de saco cheio. Ho...ho...ho... porque TÔH... BÔH... NÔH...!
Mas xôfaláprocê... além do saco cheio, também tô muito decepcionado.
Aliás, dizer que tô “muito”, é pouco. O certo é “muitíssimo” decepcionado. Corrija, por favor.
Sabe quando você cresce acreditando em alguma coisa? Onde todos fazem a mesma afirmação e daí você não tem dúvidas de que aquilo realmente é uma verdade?
Pois então. É isso que aconteceu comigo. Vivi uma vida inteira acreditando que Papai Noel NÃO EXISTIA, que se tratava apenas de uma jogada de marketing da Coca-Cola (quem não se lembra do bom velhinho da Coca-Cola?) e que, caso ele realmente existisse, estaria respondendo hoje a 12.645.287.124.762 processos por invasão à domicílios.
“Rena não voa”, me jogavam na cara... “Larga di cêbôbo...”, completavam.
Cresci desacreditando no Papai Noel.
Lembro que dia 5 de agosto de 1973 caiu num domingo. Me lembro disso porque estreava o programa “Fantástico O Show da Vida” exibido pela Rede Globo e apresentado pelo Cid Moreira (aquele que dizem beber uma dose de formol todos os dias...lembra-se dele? Ainda bebe.).
Pois então. O Joãozinho Abranches tinha apenas 15 aninhos e era a coisa mais bonitinha do mundo (hehehehe). Possuidor de uma bela e vasta cabeleira, usava calças pantalona  e se equilibrava em sapatos cavalo de aço.
Faz tempinho já... Ho...ho...ho... purquê TÔH... BÔH... NÔH...!
Mas voltemos ao ponto central da minha decepção.
Lembro também que naquele programa de estréia, Cid  Moreira disse que Papai Noel na verdade era o...  o... o Fidel Castro!
Isso mesmo... era o Fidel Castro fantasiado. Era farda prá lá... roupa de bom velhinho prá cá.
Agora, se o Cid tomou doses excessivas de formal estragado, não sei.
Mas que disse, disse.
E a coisa funcionava da seguinte maneira: eram charutos p’ra lá... coca-cola prá cá... E eu acreditava, claro.
Agora, depois de passados todos esses anos, em que foi-se a vasta cabeleira... em que o guarda roupa já não é mais o mesmo... que o menininho bonitinho só em fotos amareladas pois este que vos escreve  já ostenta o título de “vovô”, é que percebo que fui muito mal com o bom velhinho por desacreditar da sua existência. Aliás, dizer “muito mal” é pouco. O certo é “muitíssimo” mal. Corrija, por favor.
É certo que eu nunca o vi. Nunca dei de cara com o bom velhinho em pessoa. Mesmo das vezes em que persistia em mim a credulidade – isso antes do Cid Moreira -  e apesar de ficar vigiando as meias penduradas para flagrá-lo entrando pela janela (minha casa não tinha chaminé), nunca o vi. Mas o fato de nunca tê-lo visto não prova que ele não existe. Não preciso pegar num fio desencapado e tomar um choque para acreditar que a eletricidade existe. O mesmo ocorre com o vento, com as ondas de rádio, com a molécula de oxigênio, com Deus... mas sei que existem!
Me perdoe, Papai Noel. TÔH... BÔH... NÔH... mas hoje a minha ficha caiu e sei que você existe. Prometo FICÁ MIÓ daqui prá frente...

Não acreditar em você seria tão absurdo quanto acreditar em fadas (?!).
Você existe com a mesma certeza de que existe o AR, o AMOR, a GENEROSIDADE, a FRATERNIDADE, as SEGUNDAS FEIRAS e a devoção dentro de cada um de nós. Mas não é com esses nossos olhos de ver que conseguiremos enxergar você.
Esses dias passei por momentos de muita reflexão. Ééééé... umas conversas comigo mesmo.
Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo então arresorví  pisá no frêi e manter um dedím de prosa comigo mêsss...
Nessa divagação toda, escutei eu falando p’ra mim:

Como cê pôde esquecer daquele tempo de criança, onde a fantasia reinava?
O tempo em que você antes de se deitar, colocava seu sapatinho na janela e acordava cedinho, na esperança de encontrar o presente que lhe deixaria ?
Hoje seus sonhos são outros?
Cadê a "sua" criança?
Perdeu ao longo da vida?
Não estará ela escondidinha no seu coração?
Procure-a...! Ela ainda vive dentro doce, uai!
Não deixe que seus sonhos morrerem!
A fantasia te faz viver, sonhar, desejar...
Coloque de novo seu sapatinho sua butina na janela!
Faça seu pedido..!!!
Talvez ele demore um pouco a se realizar mas a vida já lhe ensinou que tudo tem seu tempo e você já aprendeu a esperar, a ter paciência...
Já aprendeu que se seu pedido não se realizar pode já ser um grande presente, pois, nem tudo que queremos é para o nosso bem.
Então, pegue seu sapatinho sua butina da esperança, coloque-a na janela do desejo e aguarde para que seus sonhos se tornem realidade.
Depois, larga de cêbôbo e sorria... compreenda... dê pulos de felicidade e agradeça pelo seu presente de Natal que são todos os dias que você já viveu..!!!
Seja FELIZ..!!!

Quando eu terminei de escutar o que EU estava falando pra mim, soluçava um choro de criança. Pois é: chorei mêsss... e exatamente no meio desse chororô todo é que ouço a campainha tocar. TÔH... BÔH... NÔH...
Fui atender,  não sem antes limpar o nariz e enxuga os zói.
Era meu sobrinho. Ele trabalha nos Correios e vinha trazer uma encomenda cuja entrega havia sido frustrada pelo carteiro, pois constava que no momento da entrega não tinha ninguém em casa.
Depois de explicar a ele que eu andava meio “constipado” -  razão dos olhos e do nariz vermêio - agradeci, peguei a caixa, pediu “bênça tio” e foi-se embora abençoado por mim.
Menina... cê não acredita, pois eu também quase que não acreditei.
Era do Papai Noel.
Havia tantos presentes ali naquela caixa quantos foram os anos em que passei sem acreditar nele... um para cada ano.
E havia também um biête (traduzindo para o português: bilhete) que me fez voltar às  lágrimas.
E foram tantas as lágrimas quantas foram as que não chorei pelos nos anos em que não acreditava na sua existência. TÔH... BÔH... NÔH...
Ainda muito emocionado, fechei os olhos e fiz uma prece de agradecimento. Foi mais ou menos assim:

Senhor Jesus! Meu querido e amado Mestre.
Diante deste dia de Natal, que te lembra a glória na manjedoura, eu te agradeço a música da oração.
Agradeço-lhe o regozijo da fé, a mensagem de amor, a alegria do lar e o apelo a fraternidade.
Sou-lhe grato também Senhor, pelo júbilo da esperança, pela bênção do trabalho, pela  confiança no bem, o tesouro da tua paz, pela palavra da Boa Nova e confiança no futuro!...
Entretanto, Divino Mestre, com o meu coração voltado para o teu, te suplico algo mais!
Concede-me Senhor, o dom inefável da humildade para que eu  tenha a precisa coragem de seguir-te os exemplos, e nunca deixar de acreditar no Papai Noel.
Amém.

Paro por aqui.
Senão choro de novo...

Grande beijo no seu coração e saiba que você foi um dos maravilhosos presentes que ganhei  neste ano de 2011.
Que o seu Natal tenha sido tão especial quanto foi o meu.
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Uma explicação.
De tudo o que falei acima, quase tudo é verdade. Só não o “formol” que dizem o Cid Moreira beber... nisso há controvérsias pois que alguns afirmam tratar-se de álcool com parafina (kkkk).
Mas o meu Papai Noel tem um nome feminimo.
Conhecida na República do Catalão, em Goiás, por Lívia Aya Tsuque (o nome é chique mêsss... como a própria.)

Lívia, minha linda, querida e adorável amiga... ocê é muito mais bonita que o Fidel Castro e me fez acreditar que Papai Noel existe mêsss, além de descobrir que o meu coração TÁ BÃO, porque senão teria infartado.
Feche os olhos e sinta o meu abraço carinhoso...
Um beijão no coração do Fábio e outros mais nas bochechas dos príncipes Eiji e Caio.
Agradeço-lhes de coração. 
Obrigado.

Um comentário:

Adriane Lopes disse...

Olá! muito obrigada pelos elogios!!! Fico feliz quando meu trabalho é reconhecido.
Parabéns, amei suas bolsas, são belíssimas. Eu não conheço a cidade em que vai morar, mas se algum dia vier em BH, me faça uma visita. Muita paz e sucesso para você e sua família.
Abraços Adriane